Aniversário
da
RAINHA SIRIKIT DA TAILÂNDIA
Visita Portugal em 1960
( Primeira Parte)
Foi dada como a mulher mais bonita do Mundo.
O seu sorriso,presente, em todos os momentos foi uma sua natural característica que cativou as pessoas dos países que visitou.
Em anos distantes um jornalista perguntou a S. M. o Rei da Tailândia a razão porque nãosorria. O Rei Bumidhom Adulyadej responde-lhe: “ o meu sorriso está ali e indicando-lhe sua esposa a Raínha Sirikita”.
Sua Majestade Sirikit completou, no dia 12 Agosto de 2005, 73 anos e, igual em todos os anos, é feriado nacional na Tailândia. É, também, o Dia da Mãe.
Desde de 1950 e após o casamento com Sua Majestade o Rei da Tailândia até aos dias actuais visitou muitos países do Mundo que fez dela a Embaixadora Real do “País dos Sorrisos”.
Foi admirada por Presidentes e Chefes de Estado, de várias, gerações e pelos povos dos países que visitou.Amada e adorada pelos tailandeses.
Um dos países privilegiados foi Portugal entre os muitos,que visitou só ou acompanhada pelo marido, Rei Bhumidhol Adulyadej o prestigiado e o mais antigo monarca reinante no Mundo, com 59 anos a orientar o povo da Tailândia. Em Agosto dos já distantes anos de 1960 o casal real, ainda muito jovem, visitou e permaneceu em Lisboa por 4 dias.
Durante os anos do meu conhecimento sobre a Tailândia uma das figuras que mais me cativou foi a Rainha Sirikit. Segui, através do “ecran” do televisor, as sua actividades quotidianas.
Hoje vejo a Rainha a visitar uma instituição de caridade, amanhã numa provincia do norte,do centro ou do sul junto dos camponeses a inaugurar um projecto agrícola para melhorar a vida das pessoas dos meios rurais.
Teve uma parte e importante na eliminação das plantações da planta da papoila, que desta provém o ópio e depois de destilado vem o “pó” mortífero a heroina, que estuporiza e mata os humanos, nas montanhas do norte da Tailândia e área conhecida pelo “Triângulo Dourado”.
Nesses jardins demoníacos, hoje e já desde há muitos anos (refiro que em território tailandês, nos dias actuais, não existem plantações de ópio), crescem flores, vegetais, cafeeiros, a vinha, árvores de fruta cujas produções são enviadas para os mercados das cidades e o excedente enlatado e exportado para o exterior.
A elegância, o seu sorriso, constante, a beleza, a sua forma de vestir, os seus chapeús sempre o modelo inspirado nos usados na Tailândia nos meios rurais deram a Sirikit uma imagem inconfundível e respeitável em todo o mundo e a “Rainha do Amor” para todos os seus súbditos da Tailândia.
E, para mim, Sirikit é a minha Raínha e seu consorte o monarca Bhumidhol Adulyadej o meu Rei que pelas suas graças reais me permitiram viver na paz serena, na Tailândia há mais de duas dezenas de anos, criar e educar a minha filha Maria Martins, lusa tailandesa que amanhã, dia 14 de Agosto, depois de graduada de uma escola internacional em Junho, passado, vai frequentar a Universidade de Chulalongkorn.
Nome do monarca que foi avô do Rei Bhumibol Adullyadej, o abolidor da escravatura e o Pai da Tailândia moderna, de hoje, cujo progresso e desenvolvimento tem sido contínuo, sem estagnamento, no Sudeste Asiático, onde alguns países se viram envolvidos em querelas políticas e guerras e que só agora começam a despertar e virados para o futuro que ainda não se sabe a data que a paz esteja consolidada.Os soberanos tailandeses foram os segundos a visitar Portugal o primeiro foi o seu avô, Rei Chulalongkorn, em 1987, que poder ser lido o desenvolvimento clicando:www.aquimaria.com/html/aboutth.html
A visita dos Reis da Tailândia a Portugal, em 1960, teve larga repercussão nos jornais e revistas da época (não temos a totalidade), mas não deixa de ter interesse o que as revistas, populares na altura, a “Flama” e “Século Ilustrado” publicaram em cima do evento.
O “Século Ilustrado” numa página completa com o título em caixa grandia e uma foto da família real: SIRIKIT DA TAILÂNDIA: a mais bela do mundo e prossegue:
No terraço interno do palácio, a família real tailandesa (da esquerda para a direita): o princípe herdeiro Vajiralongkorn de 11 anos, a princesa Sirindhorn de 9, a rainha Sirikit, o rei Bhumibol, a princesa Chulabhorn de 6 anos e a princesa Ubol Ratana – e a mais velha – de 13. Bhumibol, que reina desde 1946 a Tailândia com 25 milhões de pessoas.Casou com Sirikit em Abril de 1950. (Ver foto no topo da página)
O “Século Ilustrado” de 27 de Agosto de 1960 acrescentava:
Os soberanos da Tailândia, rei Bhumibhol Adulyadej e rainha Sirikit chegaram a Lisboa e foram recebidos pelo Chefe do Estado português e pelo prof. Oliveira Salazar, no aeroporto da capital, onde grande multidão os aplaudiu. A Tailândia é um país com 26 de milhões de habitantes, com o qual nós mantemos relações desde os alvores do século XVI, altura em que os portugueses aportaram ao Oriente. A rainha Sirikit prendeu, desde os primeiros momentos a atenção de todos os olhares...Sorridente e bonita, vestida com extrema elegãncia, sua majestade irradia uma grande simpatia. Do aeroporto da Portela, os reis da Tailândia seguiram para o Palácio de Queluz. Ali foram igualmente muito aplaudidos pela população. Os régios visitantes ficaram instalados no pavilhão D. Maria I, que tem sido ocupado, durante as últimas visitas, pela rainha Isabel de Inglaterra, pelo presidente Sokarno da Indonésia, pelo presidente Eisenhower e pelo presidente Kubitsechk de Oliveira.
E continua o texto do “Século Ilustrado”:
Chefe do Estado ofereceu, no Palácio da Ajuda, um banquete aos soberanos tailandeses, ao qual compareceram dezenas de convidados, o sr. almirante Américo Tomás, discursando, afirmou: <
A “Flama” na sua edição de 2 Setembro de 1960, publicou várias fotografias de visitas, a várias instituições onde se incluiu os Museu dos Coches que admiraram e deixaram verdadeiramente interessados os soberanos tailandeses.
A elegância e o sorriso, em todos os momentos, cativou os corações de todos os que lidaram de perto com Sirikit, assim como o Povo Português que naquela época sabia (aquilo hoje, a maioria esqueceu) receber as figuras ilustres,mundiais que nos visitavam.
As ruas de Lisboa e do Porto, outros meios menos populacionais, enchiam-se.
O Povo de Portugal reagia com entusiasmo exuberante quando os ilustres de outros países visitavam a Pátria Lusa, onde ainda na mente do portugueses a memória da grandeza do grande país que foi, descobrindo e aproximando as gentes se mantinha como o orgulho de ser: português!
E para finalizar este artigo em honra de S. M. Sirikita um jornalista da revista “Flama” diz o seguinte:
<<> oportunidade de a fizar em diversas situações. Nas imagens poderemos observar a rainha que, com rarissimo gosto e requinte, soube vestir e pisar de modo a fazer inveja a muitas portuguesas elegantes. Que estas nos perdôem!>>
De nós: “God Save the Queen!ª (Deus Salve a Rainha!)
José Martins
A seguir noutro a artigo: Vida e Obras da Rainha Sirikit
RETALHOS DE MINHAS MEMÓRIAS NA TAILÂNDIA
Aniversário da
RAINHA SIRIKIT DA TAILÂNDIA
(Vida e obra de uma grande Senhora)
Segunda Parte
O 12 de Agosto, passado (2005) aconteceu numa sexta-feita.
Dia, feriado e importante na vida dos tailandeses dado que a Rainha Sirikit da Tailândia fez 73 anos de vida.
As festas, espontâneas, do Povo tailandês, de mais de 63 milhões de pessoas acontecem do norte ao sul do território tailandês.
Grandes cartazes com fotos, expostas em altares, de Sua Majestade poderão ver-se a decorar: frentes de grandes edificios, hoteis repartições públicas das cidades, vilas e aldeias. Táxis, tuk-tuk, guiados por pessoas simples exibem bandeirinhas da Tailândia e a da Família Real.
Ruas iluminadas com micro lâmpadas eléctricas, envolvidas no toro e ramos de árvores plantadas nas margens das ruas oferecem um tom feérico e festivo por todo o reino.
O dia da real aniversariante é considerado o “Dia da Mãe” de todos os tailandeses.
Tenho uma enorme admiração por esta Grande Senhora que ainda a conheci muito jovem, através de fotografias publicadas nas revistas e jornais de Portugal e de quando, em 1960, visitou o nosso país juntamente com seu marido Sua Majestade o Rei Bhumibol.
Longe estaria eu de imaginar, nessa altura, que trinta e quatro anos depois, em 1994, iria ser o fotógrafo oficial da Missão Diplomática de Portugal em Banguecoque e registar imagens da Rainha Sirikit num serão cultural, cujos anfitriões foram: os Embaixadores de Portugal, Luisa e Sebastião Castello-Branco.
Presentes os Chefes-deMissão e suas esposas, a nível de embaixadores, acreditado no Reino da Tailândia.
O serão, ultrapassou as regras protocolares do horário, programao com antecedência, das 7 até às 11 da noite e viria a prolongar-se até junto à meia-noite!
Registámos imagens dos característicos sorrisos da soberana a extraordinária e excelente disposição e, por algumas vezes perante a exibição dos embaixadores e esposas exibindo curtos “shows” ou canções,tradicionais dos seus países breves risos.
No passado dia 12 de Agosto às sete da manhã dirigi-me para o “Centro Internacional de Protecção das Artes e Artesanato da Tailândia” distanciado de minha casa uns 50 quilómetros (do centro de Banguecoque a distância é de uns 65 quilómteros. Está situado na área da província de Aiutaá e na margem esquerda do Rio Chao Praiá.
O centro tem excelentes meios de acesso, com ligação a auto-estradas, modernas e seguras, que numa hora, a velocidade moderada se alcança o lugar do centro da capital tailandesa.
A organização é fruto da Rainha Sirikit cujo início da Obra já vem desde há trinta anos.
O pensamento soberana em cima do projecto um dos quais foi o da preservação da arte e artesanato tailandês, rico em variedades, que em vez de ser esquecido fosse incrementado.Com isto, um dos objectivos de S.M. a Rainha Sirikit trazer uma melhoria de vida dentro das classes menos favorecidas, afastando-as da ociosidade e aumentar-lhes, com isto, os rendimentos.
Poder-se-à apreciar, por todos os pontos da Tailândia, artesanto à venda nas grandes superfícies, pequenas lojas, em bancas de mercados ou nas mãos de vendedores ambulantes de rua.
No centro são produzidas variedades e esquisitas peças onde a ancestralidade da arte siamesa, milenária, são um facto: as figuras mitológicas; máscaras, marionetes, elefantes de madeira, ornamentos de madre pérola; de corno de búfalo; da casca do coco, de pele de animais; uma variedade de flores artificiais, confeccionadas em seda natural; de conchas marítimas; de pedras semi-preciosa e ainda outras quantidades de materiais que só a arte e imaginação, prodigiosa dos artesãos tailandeses com o imparável entusiasmo trazem à luz a arte, milenária, dos seus antepassados.
O negócio da venda do artesanato ao turista é rentável.
No ano de 2004 a Tailândia recebeu mais de doze milhões de turistas
A Rainha Sirikit tem sido uma dinamizadora e promotora das relações internacionais e, foram várias as vezes que se deslocou ao estrangeiro, com as famosas sedas tailandesas; com jovens modelos para que façam desfiles em tablados de salões, internacionais e, perante uma sociedade com poder de compra.
S.M. a Rainha Sirikt sempre a vimos primorosamente vestida com as sedas naturais, tailandesas e para completar a sua elegância nesse seu gosto de bem vestir usa chapeus cujo o modelo se inspira nos campesinos usados pelas mulheres dos meios rurais.
A fama da seda tailandesa os desenhos únicos, inspirados pela soberana atingiu fama notável no mundo da moda e para esta contribuiu S. M. a Rainha Sirikit que junto a outro dimamizador e pioneiro o cidadão americano Jim Thompson, trazem, dos meios rurais a tradicionalidade da produção do tecido natural para a cena internacional da moda; com estabelecimentos de venda a retalho em Banguecoque e abertas filiais nas principais capitais da Europa e Estados Unidos
A seda tailandesa ganhou prestígio no Mundo e este vem de quase cerca de meio século. A grande metragem Ben Hur as túnicas os principais trages são confeccionados com seda tailandesa; o Hotel Savoy de Londres as suites são decoradas com seda tailandesa; a multinacional americana “Reynolds Metal Company”decorou as principais salas de reuniões e negócios com seda tailandesa. Entre tantos hoteis e residências palaciais que aplicam o fino tecido em almofadas, cortinas, paredes forradas conta-se o luxuoso hotel de Hong Kong o “Hilton” aplicou-o nos “ballroom” e nas suites.Na indústria da seda na Tailândia ocupam-se cerca de vinte mil pessoas.
A Rainha Sirikit, a soberana amada pelos ricos e os pobres que formam o Povo tailandês!
Marcaram-me as suas palavras proferidas e transmitidas pelos vários canais de televisão no dia de um seu aniversário (não me lembro o ano) dirigidas aos menos ricos, numa altura em que grassava na Tailândia o crescimento do desenvolvimento, o oportunismo e a agiotagem.
Esta classe de amores para a compra de terrenos onde crescia o arroz e os vegetais e pastavam búfalos de água nos subúrdios das grandes cidades para que nessas, leiras de séculos e passadas de geração em geração viessem a pertencer a empresas imobiliárias onde seriam construídos bairros residenciais.
A Rainha Sirikit, preocupada, com a usurpação desses “migalhos” de sobrevivência de famílias, perentóriamente aconselha-os: “não venda as vossas propriedades com o objectivo de comprarem a “carrinha” a mota, a televisão ou a geleira....
A Rainha criou escolas para a aprendizagem dos jovens nas artes e aos pais o incitamento às culturas agrícolas de rendimento e, afastá-los da plantação da papoila que gera a heroina e a morte, prematura, aos que se servem da letal droga.
O Centro de Protecção às Artes e Artesanato funciona como escola e o seu principal objectivo é preparar jovens nas diversas artes e especialmente a de produção de artesanto a gente jovem. Depois de habilitados, partem para as suas origens e ali, transmitem a artea outros seus comprovincianos. Além da aprendizagem de artes á também o ensinamento, ao aluno, o comportamento humano perante a sociedade que está inserido.
A organização tornou-se um departamento público e, assimilado ao Ministério do Comércio que tem a missão de promover, internacionalmente, o artesanto tailandês. Os desígnios:
- Trabalho organizado e dirigido à competitividade no mercado, internacional;
- Desenvolvimento da produção dentro da qualidade “standard”, com o objectivo da promoção da imagem, qualidade e embalagem dos produtos;
- Promoção de mercados e expandir a produção nos mercados internacionais;
- Promover ligações de protecção inter-disciplinares entre o fabricante e o vendedor e, bem como, a combinação das modernas tecnologias adaptadas à artes e produção de artesanato;
- Desenvolvimento, apoio ao treino em cima do saber gerir a produção; o financiamento e o “marketing” dos produtos;
- Providenciar a protecção das patentes nos termos, internacionalmente conhecidos por: “copyrights, patentes e outras intelectual propriedades”
A surpresa que me chega naquele templo de preservação e divulgação da arte e artesanto tailandês é uma sala onde estão expostos verdadeiros sonhos de mulher na arte de bem trabalhar o ouro e a pedraria.
Na sala de exposições encontram-se autênticos prodígios que mãos de jovens artesãos lhe dão beleza impar. I uma das preocupações é manter as peças de joalharia nos moldes como eram trabalhadas há séculos, pelos thais,no antigo Reino do Sião.
Naquele espaço de preciosidades, onde além das peças de intrincada arte de ourivesaria, e joalharia, econtram-se peças finas e raras de cerâmica e pinturas em laca.
Fomos guiados por Wongpaka Charochwai uma simpática jovem e bonita tailandesa, funcionária superior do Centro que nos elucidou sobre as origens da arte e províncias tailandesas onde desde tempos remotos foi executava e se mantém viva.
Recomendamos aos turistas lusófonos se porventura visitarem a Tailândia uma visita ao “The Support Arts and Crafts International Centre of Thailand” que na recepção do hotel de hospedagem poderão ser informados como o alcançar. O melhor transporte, para casais, é seguirem num táxi do hotel onde se hospedam.
Para jovens, normalmente, com pouco dinheiro para gastarem, têm vários autocarros na central de camionagem nas proximidades do famoso “weekend market” que por meia dúsia de euros têm bilhete de ida e volta e ainda lhes chega para almoçar no Centro a 50 cêntimos (euro) o prato de arroz com carne e um refrigerante.
Vale pena visitar este Centro e quem o fizer voltar para o seu país com uma experiência rica e única que lhe ficará na memória pela sua vida adiante.
José Martins/2005.
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