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Tenho em cima da mesa, brejeira, de trabalho o livro “Venceslau de Morais e o Japão”, que há anos, numa visita a Banguecoque, o falecido Dr. Jorge Dias, um residente em Tóquio e historiador sobre a vida e obra de Venceslau de Morais me ofereceu. Escrevi algo sobre o português exilado no Japão e sua história de vida é deveras apaixonante que não se livrou da intriga, muito voga na sua época como aliás sempre se manteve, entre os portugueses, que viveram na Ásia.
Na página 37 há um texto que transcrevi:
“Num telegrama datado de 10 de Junho de 1913, Morais pede ao Presidente da República Portuguesa a dispensa imediata de todos os cargos oficiais, abdicando simultaneamente da reforma a que tinha direito. A exoneração ocorre a 8 de Julho. Mas já alguns dias antes, a 4 de Julho, Morais partira para Tokushima, cidadezinha de sessenta mil habitantes, na costa oriental da ilha de Shikoku, com o intuito de aí passar o resto de sua vida. A escolha de Tokushima implicava uma vida de exílio, longe do contacto com a cultura e civilização ocidentais; por um lado, excluía igualmente a possibilidade de integração na sociedade xenófoba dessa pequena cidade de província. Morais vivia humildemente das popupanças. O que o terá levado a dar este passo tão invulgar constitui um enimga já que para os seus contemporâneos. Em Outubro de 1913, o governo de Macau perguntou ao Ministério dos Negócios Estrangeiros, em Tóquio, se Morais ainda estaria são de espírito. Tóquio encarregou um comissário da polícia de Tokushima de passar um atestado de saúde mental a Morais. Após conversa pessoal com este, o comissário acabou por considerá-lo normal”
Na página 37 há um texto que transcrevi:
“Num telegrama datado de 10 de Junho de 1913, Morais pede ao Presidente da República Portuguesa a dispensa imediata de todos os cargos oficiais, abdicando simultaneamente da reforma a que tinha direito. A exoneração ocorre a 8 de Julho. Mas já alguns dias antes, a 4 de Julho, Morais partira para Tokushima, cidadezinha de sessenta mil habitantes, na costa oriental da ilha de Shikoku, com o intuito de aí passar o resto de sua vida. A escolha de Tokushima implicava uma vida de exílio, longe do contacto com a cultura e civilização ocidentais; por um lado, excluía igualmente a possibilidade de integração na sociedade xenófoba dessa pequena cidade de província. Morais vivia humildemente das popupanças. O que o terá levado a dar este passo tão invulgar constitui um enimga já que para os seus contemporâneos. Em Outubro de 1913, o governo de Macau perguntou ao Ministério dos Negócios Estrangeiros, em Tóquio, se Morais ainda estaria são de espírito. Tóquio encarregou um comissário da polícia de Tokushima de passar um atestado de saúde mental a Morais. Após conversa pessoal com este, o comissário acabou por considerá-lo normal”
Para conhecer um pouco da vida de Venceslau de Morais clique em cima das imagens
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