Sunday, May 30, 2010

PORTUGAL NO CEILÃO

Luis de Camões no Canto Primeiro da sua imortal Obra os Lusiadas designa o Ceilão como a Taprobana:

Que, da Ocidental praia Lusitana,

Por mares nunca dantes navegados

Passaram ainda além da Taprobana,

Em perigos e guerras esforçadas

Mais do que prometia a força humana,

E entre gente remota edificaram

Novo Reino, que tanto sublinharam>>

Ante das naus de Portugal chegarem ilha do Ceilão (também conhecida pela da canela), o território já era conhecido na Europa e o naturalista, romano, Plínio depois de meados do século I, (era de Cristo) já se refere à Taprobana na sua obra <> como sendo uma terra tretos elefantes. Ceilão na língua sinhalesa significa leão e, assim a “Ilha dos Leões”

No início do século I as rotas marítmas para a Índia e o Ceilão eram efectuadas pelo Mar Vermelho e teriam que ser aproveitadas as monções. Cada viajem (de Julho a Setembro demorava três meses) e o regresso, se procedia, de meados de Novembro a Fevereiro com igual de tempo do percurso..

As especiarias e outros produtos da ilha chegavam aos mercados, costeiros, mediterrânicos aos portos de Veneza, Piza e Génova (Itália) pela rota de Ormuz e dos rios Tigre e Eufrates.

A descoberta da rota marítima por Vasco da Gama, em 1498, leva que os portugueses venham a ser os senhores do comércio marítimo da Ásia e, evidentemente, sem ser uma ocupação colonialista, mas em procura da conquista do monopólio do comércio nas zonas, arrearam as âncoras das naus nos portos da Costa do Malabar e, oito anos depois, chegam ao Ceilão.

Não são, de todo, faceis os contactos com as populações mas deparadas dificuldades e pelejas, no princípio, para encetar o relacionamento, comercial, com os povos dessas paragens dado que os árabes e os sultões otomanos eram os senhores da navegabilidade dessas águas e da permuta mercantil entre a Ásia e a Europa. As caravelas lusas navegam, sem embates navais; o receio dos assaltos da pirataria no oceano Índico desde Goa, Ormuz, Malaca e não tardam a chegar aos portos do mar do Sul da China e ao do Japão.

Vasco da Gama, em Maio de 1498, aporta em Calecute, com quatro velas sob o seu comando e depois em 1503 Afonso de Albuquerque conquista, definitivamente, Cochim (conhecido como a ilha da pimenta) e está, portanto, consolidada a ocupação, mercantil e Portugal; fica com isto o senhor do comércio das especiarias e a navegabilidade, franca, nas costas de Malabar, do Coramandel, da baía de Bengala e mais para o sul o mar de Andaman, o estreito de Malaca e o Golfo do Sião (Golfo da Tailândia) e daqui aberta a porta para o extremo Oriente.

No ano de 1506 os portugueses desembarcam, em Ceilão, na ilha de Sinhala dripa e passados oito anos de Gama ter chegado a Calecute.

A ilha está dividida em vários condados e como chefe máximo um Grande Rei ou Imperador. Como religiões tem a budista e, outras com menores significados a muçulmana e a hindu. É muito fértil de produtos gerados da terra, onde se destaca, em primeiro lugar a canela, a folha do betel, corantes, marfim, pérolas e safiras.

Como porto de águas seguras e notável movimento marítimo é o de Colombo, a uma hora de viagem de Kotte, na Costa Ocidental. O palácio do Grande Rei está edificado na cidade de Kotte, que os portugueses tentaram desde logo dominar e, embora, com algumas dificuldades o propósito foi conseguido.

Após uma dúzia de anos (1518) dos portugueses chegarem ao Ceilão já tinham construído uma fortaleza para defender o Rei de Kotte. Passado três anos (1521) os portugueses dominam, totalmente, o comércio do Ceilão. A influência lusa expande-se, pela ilha e dentro dos muros do palácio imperial. Os sobrinhos do Grande Rei, princípes Raygam, Mayadunne e Bhuvanaikabahu conspiraram contra o tio, para, assim, concretizarem as sua ambições do Poder e assassinaram-no. O propósito dos conspiradores era o de dividirem o Reino em três parcelas. Dada solidificação e poderio dos portugueses no Ceilão são chamados para arbitrarem a questão da situação.

O portugueses colocam-se ao lado do princípe Bhuvanaikabhu e intronizado como Rei de Kotte. E como seu colaborador fica o irmão Raygam, que acabou por falecer pouco depois. O princípe Mayadunne, foi lhe oferecido o condado de Sitavaka e aliou-se aos muçulmanos de Calecute, dado, que estes estavam alarmados com a influência dos portugueses na corte do Rei de Kotte e decidiram atacar para o destronar Bhuvanaikabhu.

A decisão dos portugueses de terem optado pelo princípe Bhuvanaikabhu teria que ser respeitada e, para que que fosse aumentada a defesa dos porto, do palácio e do monarca foi pedido auxilio naval a Goa e dali parte uma armada, debaixo das ordens do Vice-Rei D. Garcia de Noronha e comandada por Miguel Ferreira.

Havia a necessidade, dos portugueses, de fortalecer a defesa do Ceilão, não só dos muçumanos mas também dos turcos dado que corriam rumores, em Goa, que a chegada deles à ilha seria eminente. O Vice-Rei D. Nuno da Cunha, ordenou a partida da nau Catur com a finalidade de alertar os portugueses da costa do Coramandel que os otomanos tinham partido de Diu para Goa.

A disputas de 1521 a 1538 entre os portugueses e muçulmanos eram constante e foi então travada uma batalha em 1538 por Martin Afonso de Sousa, na cidade de Vedalai (norte do Ceilão, que desbaratou a frota muçulmana e entra triunfalmente em Kotte. No ano seguinte os muçulmanos não desarman e convencidos que ainda podem derrotar os portugueses e chamar a eles o comércio da ilha, são definitivamente derrotados por Miguel Ferreira, à porta de Kotte.

Miguel Ferreira um português de convicções, depois de vencer os muçulmanos avança, com os seus aliados sinhaleses e suas tropas para Sitavaka e exige um tratado de paz com Mayudunne e, uma das condições que lhe foram impostas: lhe entregasse as cabeças dos líderes muçulmanos.

Miguel Ferreira partiu para Ceilão, sob as ordens do Governador Nuno da Cunha e, em 26 de Novembro de 1539 está de regresso a Goa e elabora um extenso relatório ao Rei D. João III a dar-lhe conta da vitória sobre os muçulmanos em Ceilão.

Numa das passagens do relatório Miguel Ferreira informa o rei de Portugal, do seguinte: que enviara como seu emissário Manuel Queiróz para negociar a paz com Mayadunne e uma das suas exigências era que lhe entregasse as cabeças dos líderes muçulmanos.

Passagens do relatório dirigido ao Rei João III de Portugal

....

<<...e no derradeiro os mandou matar e me mandou as cabeças delles e mandou-me a cabeça de Patemerqua e a de Cunhalemerqua e seu sobrinho e a de hu seu cunhado e d’outros muytos capitães e alargou a el-Rey todas as terras que tinha e todos os portos do mar que tinha e pagou a el-Rey todos os gastos, que tinha feitos na guerra.

E asy se veo el-Rey pera Cota muito ledo e muito comtente louvando muito a Vossa Alteza, que lhe mamdara emtregar seu Reino tudo ha elle perdido.>>

A paz fica, mais ou menos estabelizada, com o Rei ao lado dos portugueses, no Ceilão.

O prestígio de Portugal no Oriente destaca-se e em 1542 uma delegação diplomática, do Ceilão chefiada pelo Embaixador Sri Radaraksa, parte com destino a Lisboa, fazendo uma escala por Goa onde dali segue para Lisboa e avistar-se com o Rei D. João III.

Com eles, seguem presentes para o monarca português e duas estatuetas, uma com a figura do Princípe Dharmapala que tinha a sua altura e uma coroa, de ouro maciço para que D.João III lha colocasse na cabeça como forma de o intronizar como Rei de Kotte e herdeiro de Bhuvanek Bahu que sempre estivera ao lado dos portugueses.

A cerimónia, segunda foi narrada pelo Padre F. Queiroz (1687) : “que o Embaixador do Ceilão foi recebido por D.João III, que coroou o Príncipe na presença de grandes personagens do reino, aos quais foi lida uma mensagem.”

Em princípios do ano de 1541, D. Martim Afonso de Sousa, quando foi assumiu o alto cargo de Governador da Índia, cerimónia que teve lugar em Lisboa, teria garantido a S. Francisco Xavier que a ilha de Ceilão estava pronta para aceitar a religião Cristã e a conversão da população. A informação transmitida ao Apóstolo das Índias, já tinha sido dada, oficialmente, de Goa ao rei de Portugal pelo D.Estevão da Gama que era o segundo filho de Vasco da Gama. Francisco Xavier chega a Goa em 1542 para a missão, ao serviço do Rei de Portugal, de cristianizar o Oriente.

O Rei de Portugal, por anos, foi firmando tratados com o Rei do Ceilão. No primeiro instrumento estão descritas várias cláusulas em que se nota que Portugal tinha absoluta suserania sobre o Ceilão e do seu Rei. Se compreende a razão do monopólio para evitar a infiltração dos muçulmanos.

Numa clásula:

1º - O rei de Ceilão é obrigado a pagar ao rei de Portugal determinada quantidade de ;

2º - Toda a canela produzida, deveria ser metida numa casa da qual o feitor de D.João III terá uma chave e o do rei de Ceilão terá outra; como, mesmo assim, o feitor desvia, em seu proveito, a canela melhor, deve prover-se no sentido de evitar um tal abuso.

3º - Os portugueses que forem negociar para Ceilão, deverão pagar os direitos de tudo o que venderem ou comprarem, assim como nenhum mercador poderá impor preços ou forçar a venda dos artigos que pretendem obter.

Durante o reinado de D.João III foram efectuadas diversas negociações com o Rei do Ceilão

Almeirim, 12 de Março de 1543

Alvará de D.João III para Bhuvaneka Bahu a respeito do direito de sucessão do Príncipe Dharmapala;

Almeirim, 13 de Março de 1543

Alvará de D.João III para Bhuvaneka Bahu a respeito do comércio dos portugueses em Ceilão;

Almeirim, 13 de Março de 1543

Alvará de D.João III para o Rei Bhuvaneka Bahu a respeito da construção naval dos portugueses em Ceilão;

Almeirim 13 de Março de 1543

Alvará de D.João III para Bhuvaneka Bahu a respeito das terras dos portugueses em Ceilão;

Almeirim, 13 de Março de 1543

Alvará de D.João III para Bhuvakeca Bahu a respeito do controle ou vigilância dos barcos;

Almeirim, 14 de Março de 1543

Alvará de D.João III para Bhuvaneka Bahu a respeito so comércio de compra e venda dos portugueses;

Almeirim, 14 de Março de 1543

Alvará de D.João III para Bhuvaneka Bahu a respeito dos direitos alfandegários;

Almeirim, 14 de Marçol de 1543

Alvará de D. João III para Bhuvaneka Bahu a respeito dos direitos a pagar pelos Neo-convertidos;

Almeirim, 16 de Março de 1543

Alvará de D. João III para Bhuvaneka Bahu a respeito do lugar de interprete em Ceilão;

Almeirim, 16 de Março de 1543

Alvará de D.João III para Bhuvaneka Bahu sobre o lugar de camareiro-mor do Rei de Kotte

São, assim, assinados 13 Alvarás que continuam a garantir ao Rei de Portugal a concessão do comércio geral com o Reino do Ceilão.

O relacionamento entre os dois reinos é salutar e prova-o os presentes, valiosos, oferecidos ao Rei João III e aos vice-Reis da Índia. O Rei Bhuvaneka e conhecendo o poderio naval dos portugueses, com bases em Goa e em Malaca e da navegabilidade, constante, das naus nos mares da Ásia, só Portugal lhe pode garantir (mesmo com os monopólios concedidos) o trono e a coroa.

A descoberta do Caminho Maritímo pela rota do Cabo para Índia, por Vasco da Gama, dá os seus frutos logo após a conquista de Malaca, por Afonso de Albuquerque, em 1511 e em meados dos século XVI e poderia português na Ásia está em absoluta consolidação.

S.Franscisco Xavier sonha e nos seus planos está a conversão dos sinhaleses ao cristianismo, mas sabia,também, que iria deparar com dificuldades, não de carácter violento, mas porque, embora a religião budista não tenha as raizes no Ceilão, mas na Índia; foi desta ilha que partiram os monges budistas, missionários, a dissiminá-la pela Ásia até ao Japão.

S.Francisco de Xavier em 1543 encontrava-se em Cochin e, ainda nada sabia daquilo que se estava a passar no Ceilão, sobre a cristianização e, entretanto chega do Ceilão André de Sousa com o Princípe D. João, filho de Bhunaveka Bahu e que lhe tinha sido dado o nome do de Infante D.João. Oito dias depois chegava a Cochim um outro seu irmão que com o nome, cristão de Luiz.

S.Francisco de Xavier, avistou-se com eles e não os conseguiu convencer. O mesmo já tinha sucedido, o mesmo, ao Frei João de Vila do Conde.Os principes, defacto tinham nomes cristãos, mas não se tinham convertido. O clérigo pensavam, porém, que os princípes se converteriam e assim, obterem, mais protecção dos portugueses.

O Apóstolo do Oriente, veio para a Índia e umas das suas convicções era que o Ceilão iria ser uma certeza cristã dado que tinha sido informado dos resultados de 600 baptismos na ilha de Mannar (norte da ilha) e que teriam sido os convertidos dominados e obrigados à conversão pelo rei de Jafna.

O Mestre Francisco ( como o tratava o Fernão Mendes Pinto) não desiste dos intentos de vir a concretizar o sonho de introduzir o cristianismo no Ceilão.

Vejamos o que nos diz o Padre Fernão Guerreiro na sua obra “Relação anual das coisas que fizeram os Padres da Companhia de Jesus nas suas missões do Japão, China, Cataio, Tidore, Ternate, Ambrino, Malaca, Pegu, Bengala, Manar, Ceilão.......(seguem-se outros países), Tomo primeiro, de 1600 a 1603 (Coimbra, Imprensa da Universidade, 1930, dirigido e prefaciado por Artur Viegas):

«O primeiro padre da nossa companhia que entrou na ilha de Ceilão foi o Padre Mestre Francisco, há mais de cincoenta anos, e nela pregou o sagrado evangelho principalmente no Reino de Candia, onde converteu o mesmo rei e muitos dos seus....>>

De facto o cristianismo penetrou na ilha do Ceilão mas nunca ganhou raizes e passados 460 anos apenas 8% da população é cristão, 69% budista, 15% indu e 8% muçulmana.

Luis de Camões, o poeta, no Canto IX, estância 14) e, Canto X, estãncia 51, continua a referir-se ao Ceilão e, sem a menor dúvida que o poeta esteve na ilha. O poeta transmite a visão e os seus sentimentos daquilo que observa, por onde passa, não para a prosa, corrente, mas sim para a lirica

<<...Com que Ceilão é rica, ilustre e bela.>>

A nobre ilha tambem de Taprobana

Já pelo nome antigo tão famosa,

Quanto agora soberba e soberana

Pela cortiça cálida, cheirosa,

Dela dará tributo à Lusitana

Bandeira, quando, excelsa e gloriosa,

Vencendo, se erguerá na torre erguida,

Em Columbo, dos próprios não temida.>>

Tanto, que nuvens passa ou a vista engana;

Os naturais o tem por cosa santa,

Pola pedra onde está a pegada humana....>>

A religião cristã, de facto, não se instalou no Ceilão, mas a influência portuguesa na ilha ficou vinculada, desde Colombo a Jefna no norte. Ela reside e, ainda, muito forte na ilha.

Em 1982 visitei a ilha por 15 dias. Não fazia a minima ideia de que os portugueses tinham passado por ali e permanecido pelo curto espaço de cerca de um século. Antes do avião aterrar no aeroporto de Colombo deparamos, do alto, uma beleza que nos maravilha. A aeronave, na sua queda para se aproximar da pista, passa arasar a copa da ramagem, verde, dos coqueiros.

A poucos quilómetros do aerporto e quase a entrar na cidade de Colombo deparo com as tabuletas a anunciar as lojas comerciais, escritas, em nomes portugueses, e ali estão: os Sousas, os Gamas, os Xavieres, os Coutinhos e outros nomes e apelidos lusos.

Entretanto não ficaram só os nomes, por gerações, mas também a memória da passagem dos portugueses no Ceilão. Ela constitui um facto e, mais nos deu a convicção de tal, depois de viajarmos de comboio de de Colombo a Baticola (há aqui um forte português com canhões da fundição do Manuel Bocarro de Macau), Jafna e Kenkansantorai e, com as pessoas que falámos e, quando lhe dissemos que eramos de Portugal, foi visivel a satisfação das pessoas que nos ouviram e simpáticamente nos ofereceram chá e a bebida, fortificante, “tódi” extraída da árvore do coqueiro.

A norte e na província de Jafna na ponta ao norte da ilha e o estreito que liga o as águas do Coramandel, uma pequena povoação costeira de nome Kenkansantorai, hospedei-me numa humilde pousada do Governo de Sri Lanka, para que ali ficassem acomodados os visitantes estrangeiros. Para lá do canal, à noite, vislumbravam-se as luzes de Madras, na Índia e durante o dia, coisa nunca vista, pescadores com água até aos joelhos agarravam peixes à mão, quando estes ao saltar da água azul do mar e, brilhavam as suas escamas, prateadas, ao penetrarem na luz do sol.

O gerente dessa pousada da etnia sinhalesa, Joaquim de Sousa, quando soube que eu era português foi buscar-me um livro da terceira clase, do ensino elementar; um gravador e pediu-me que lhe gravasse toda o conteúdo para que o aprendesse. O que naturalmente o fiz da primeira à última página.

No Ceilão foi cunhada moeda portuguesa. O comércio português na Ásia atinge o auge já no reinado de D. Manuel e porisso há a necessidade de ser emitida moeda dado que esta se poderia perder, roubada pelos piratas que infestavam os mares, ou nos náufrágios das naus durante as tempestadas ou erros de navegação que as levava aos encalhes ou detroçadas contra os rochedos da costas do Antlântico e do

No reinado de D.Manuel I é cunhada moeda em Goa, Cochim e Malaca; nos de D.João III e D. Sebastião em Goa; na era filipina e no reinado de D.João IV a moeda continua a ser produzida nas Casas da Moeda de Goa e no Ceilão. A moeda portuguesa está assim instrumentalizada nos portos da Ásia e extremo-Oriente dado que, também, não ser efectuada nenhuma transação comercial com o ocidente, dispensar a língua lusa, na concretização das permutas comerciais, quer nestas fosse utilizada a moeda ou os produtos da terra.

Depois da moeda cunhada na ilha temos o teatro, as procissões as cerimónias religiosas introduzido pelos missionários franciscanos de carácter lusitano. Certas passagens do autos de Gil Vicente foram adaptados a peças teatrais e exibidas no Ceilão.

Duzentas e dezanove palavras lusas foram introduzidas na língua sinhalesa. E mais, os pandeiros do Minho, as peneiras de arame, as almofadas de rendilheiras de Vila do Conde, os bilros da Póvoa de Varzim, as espichas de osso para correias de roca de Santa Maria de Portuzelo, as lanternas das Alminhas, as camisas de mulher de Viana do Castelo que ainda hoje estão em uso no Ceilão.

Sobre a história de Portugal no Ceilão há muito mais para descrever durante os 165 anos de permanência lusitana na ilha.

O Rei de Kotte, ofereceu, várias peças artisiticas, onde se incluiam cofres de marfim ao Rei de Portugal e a Vice-Reis da Índia de valor incalculável cujo estas peças valiosas foram executadas em 1545. Porém, sem se saber como foram, algumas, parar a Munique e vendidos em Lisboa ao Arquiduque ou Hertzog Albrecht da Baviera, através dos seus seus enviados comerciais (ou diplomáticos).

B.Xavier Coutinho na sua obra “Portugal na História e na Arte de Ceilão”, 1972 escreve:

José Martins 2003

P.S. Foi-me muito últil a informação recolhida da obra “Portugal na História e na Arte de Ceilão “Tombos of Ceylon (Arquivo Histórico Ultramarino) – Ceilão e Portugal-Relações Culturais de B. Xavier Coutinho - Lisboa 1972

P.S. O texto tem alguns erros ortográficos e de pontuação.

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